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Gosto muito da compreensão do diagnóstico como um processo, como descrito por Frazão (2015). Processo porque entendemos o homem como uma totalidade, em constante crescimento e desenvolvimento. Ele não “é”, ele “está sendo”.
Assim, a compreensão diagnóstica se dá através de uma investigação inicial e, também, ao longo da psicoterapia. Nesse processo, direcionamos nossa atenção tanto às dificuldades e sofrimentos, como nas potencialidades, habilidades e possibilidades do cliente. Isso nos permite observar as singularidades de cada um e o significado que determinado sintoma ou queixa tem nas vivências e nas relações da pessoa; em que contexto e com qual propósito se apresenta.
Buscamos a compreensão do modo de existir de nosso cliente.
Mas o que são sintomas? Conhecemos muitos sintomas de alguns problemas ou doenças físicas. Mas quando falamos de saúde mental e de nossas emoções, fica muito mais difícil, pois diz respeito às singularidades e vivências de cada um. É claro que existem sintomas que nos levam a pensar em determinados transtornos e classificações que descrevem o que há de comum entre as pessoas que os apresentam. Mas se nos limitarmos somente a esses aspectos, perdemos a essência e a singularidade da pessoa/cliente que nos procura. O sintoma pode ser uma forma de expressar algo que não pôde ser vivido, falado. Pode ser uma forma de expressar alguma necessidade que só pôde ser expressa dessa forma disfuncional, causando sofrimento.
Segundo Frazão (2015, p.95), “o pensamento diagnóstico processual implica compreender a relação da pessoa com sua história passada e presente, pois a configuração presente está relacionada a como a pessoa viveu suas experiências e a como elas a afetaram e ainda a afetam.” Ainda segundo Frazão, o psicoterapeuta deve buscar, através de uma relação cuidadosa, respeitosa e amorosa com seu cliente, “resgatar sua possibilidade de se relacionar de forma autêntica e criativa com o ambiente, a fim de possibilitar o intercâmbio nutritivo no campo interacional e o resgate de seu lugar legítimo no mundo” (Frazão, 2015, p.102).
Frazão, L. M. “Compreensão clínica em Gestalt-terapia: pensamento diagnóstico processual e ajustamentos criativos funcionais e disfuncionais”. Frazão, L. M.; Fukumitsu, K. O. (orgs.). A Clínica, a relação psicoterapêutica e o manejo em Gestalt-terapia – Coleção Gestalt-terapia: fundamentos e práticas. São Paulo, Summus, 2015.
Por Renata Leal Quaglio
Psicologia e Psicopedagogia
CRP 06/46.098-0
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